No último dia 12 de julho de 2025, estudantes do ensino médio integrado e da graduação em Geografia do Campus São Paulo participaram de uma saída de campo, acompanhados pela professora de Geografia Fabiana Cunha.
O percurso incluiu visitas ao Centro Cultural São Paulo (CCSP), ao Itaú Cultural e à Casa das Rosas — importantes espaços culturais localizados na região central da capital paulista.
De acordo com a docente, a atividade teve como objetivo aproximar os alunos da geografia urbana por meio da observação direta dos espaços físicos e antrópicos da cidade, princípio fundamental do trabalho de campo geográfico. "É preciso estimular o olhar e a percepção espacial em Geografia de nossos alunos, fazendo-os observar, por meio do ambiente onde vivem e circulam, a cidade construída socialmente, a natureza que estamos inseridos, os diferentes microclimas que temos a partir das ações antrópicas e, ainda, a Arte que somos capazes de produzir e realizar, seja com música, pintura, grafitte, escultura, dança, literatura, enfim, tudo que nos torna humanos e responsáveis pela transformação da sociedade", conta.
Ainda de acordo com a professora Fabiana, ensinar geografia a adolescentes exige uma abordagem que relacione as transformações do espaço com o cotidiano desses jovens. "É essencial que o estudante se perceba como parte ativa do ambiente urbano. Ao visitar locais como o CCSP, a Casa das Rosas e o Itaú Cultural, ele entende que esses espaços ainda acolhem a presença juvenil, mesmo em meio aos processos de gentrificação e exclusão", afirma.
Além de promover o reconhecimento dos espaços públicos como ambientes de vivência e pertencimento, a atividade reforçou a importância de formar futuros professores capacitados a planejar e executar trabalhos de campo com suas próprias turmas. A interação entre estudantes do ensino médio e da graduação trouxe uma dimensão ainda mais rica à experiência, demonstrando o potencial pedagógico do diálogo entre gerações.
“A troca entre os alunos, suas impressões e sentimentos ao caminhar pela cidade, revelam o verdadeiro valor do trabalho de campo: vivenciar o território, refletir sobre ele e aprender a partir da experiência”, destaca a docente. “O aprendizado que nasce da prática dificilmente é esquecido, pois está ligado à vivência concreta dos espaços”, finaliza.
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